domingo, julho 05, 2009

Ultima sondagem

 
Legislativas. Eurosondagem, 25-30 Junho, N=1024, Tel.

PS: 35,1%
PSD: 33,0%
CDU: 9,7%
BE: 9,6%
CDS-PP: 7,4%
OBN: 5,2%

Via: Margens de Erro

* Para quem, como eu, continua a acreditar no trabalho das empresas de sondagens, esta é relativamente animadora. Aliás, tirando o PS, as sondagens pré-eleitorais das europeias não falharam assim tanto.

Duplas candidaturas

 

Joaquim Couto…concorda com a medida no sentido "de uma clarificação"

"Enquanto princípio, concordo absolutamente, é importante que cada um de nós se fixe numa tarefa que lhe está atribuída"

Sónia Sanfona

"Parece-nos importante para a credibilização do discurso do partido junto das pessoas"

Eduardo Vítor Rodrigues.

“deve haver seriedade na política, não se pode estar com um pé numa coisa e um pé noutra"

“existam vários políticos que aceitaram a luta autárquica no pressuposto de que, caso viessem a perder, entrariam na lista de deputados, mas diz que isso "não é sério".

Jovita Ladeira

"fui candidato a Albufeira e nunca admiti ser candidato a candidato às legislativas"

Carlos Martins

sábado, junho 27, 2009

sexta-feira, junho 26, 2009

Ora aqui estão duas coisinhas bem escritas

 

A transparência segundo Cavaco Silva

A PT decidiu equacionar a hipótese de comprar a Media Capital e Manuela Ferreira Leite não perdeu tempo, insinuou a o envolvimento de Sócrates com o objectivo de se livrar da família Moniz que, como se sabe, tem sido o “abono de família” da líder do PSD. Compreende-se que os partidos da oposições levantem questões e nos últimos tempos deixaram de respeitar as empresas privadas, Jerónimo de Sousa meteu-se na Autoeuropa fazendo perigar o seu futuro e Manuela Ferreira Leite atacou a PT e a Media Capital. Num país onde deixou de haver princípios a direita aproveita-se do jornalismo rasca, a esquerda conservadora faz tudo para agravar a situação económica do país, os votos tudo justificam.
O Presidente da República poderia ter ficado de fora, fazendo de conta que respeita a sua promessa de cooperação estratégica, mas o petisco era tão apetitoso que não resistiu à tentação, mal os outros partidos alinharam com Ferreira Leite sentiu-se em condições para evitar a crítica do alinhamento com a líder do seu partido. Mas Cavaco não se limitou a pedir explicações, usou a necessidade de transparência nos negócios de que se tanto fala desde que deflagrou a crise financeira.
Ora, Cavaco nem é presidente da assembleia de accionistas da PT nem do regulador da concorrência e, como é óbvio, a referência a transparência pode ser interpretada e é entendida por muitos portugueses como uma insinuação em relação ao primeiro-ministro, uma insinuação de que o governo mandou a PT comprar a Media Capital para se livrar da família Moniz. O que Cavaco fez foi dar força institucional a uma insinuação de Manuela ferreira Leite, diria que a líder do PSD espirrou e Cavaco constipou-se.
Isto é grave, um Presidente da República que em vez de pedir explicações ao primeiro-ministro vem a público quebrar todos os laços de solidariedade institucional e lança insinuações sobre a gestão interna de uma empresa privada sabendo que essa insinuação vai ser interpretada como uma insinuação sobre a actuação do primeiro-ministro, é um Presidente da República que intervém no processo político não hesitando em provocar uma crise política num momento de grandes dificuldades para o país. É a irresponsabilidade levada ao mais alto nível.
Mas já que Cavaco Silva fala de transparência nos negócios é bom recordar que o seu negócio de acções da SLN é um péssimo exemplo de transparência nos negócios privados de um político, o argumento de que não estava no activo não pega, o célebre artigo em que designou Santana Lopes por “má moeda” é a prova de envolvimento activo na política. É também um péssimo exemplo de transparência nos negócios de um banco, Cavaco ganhou muito dinheiro ao confiar as suas poupanças a um banco gerido pelos seus antigos subordinados, poupanças que serviram para comprar e vender acções da empresa dona desse banco, acções que não estavam cotadas pela bolsa e cujo valor foi arbitrariamente fixadas por um burlão que está preso e sobre o qual recaem suspeitas de fraude de valor superior a mil milhões. Mas nesta república das bananas parece ter-se abandonado o mais elementar princípio republicano, o de que todos os cidadãos são igual perante a lei, tratamos o Presidente da República como se fosse um Rei-Sol.
Se tivesse sido Sócrates a fazer este negócio ficaria sob suspeita, seriam analisados os negócios com acções de todos os seus familiares, até ao quinto grau de parentesco. Mas como foi Cavaco Silva e a filha a fazerem um negócio de lucro fácil e altamente lucrativo (que bom seria se todos os portugueses tivessem podido duplicar as suas poupanças num ano) não mereceu grandes críticas, bastou a Presidente fazer um “choradinho” público para o assunto ficar encerrado. Nos Estados Unidos um presidente pode ser posto em causa, mas nesta democracia de pacotilha o Presidente está acima de tudo, não pode ser questionado, como se a democracia dependesse do seu bem-estar. Em qualquer país com uma democracia a sério em vez de estar a falar da transparência nos negócios da PT, Cavaco Silva estaria a enfrentar um processo de demissão compulsiva na sequência do seu negócio estranho e altamente lucrativo com acções da SLN.
Para Cavaco Silva transparência é afirmar publicamente a inocência de Dias Loureiro, um dos ex-homens fortes do BP e, usando a mesma via, lançar insinuações sobre a PT e, pelo menos de forma indirecta , lançar insinuações sobre actuação do primeiro-ministro. Para Cavaco Silva a amizade pessoal parece ser mais importante para o país do que a lealdade institucional.

 

“Não me recordo de Cavaco Silva ter ficado incomodado quando era primeiro-ministro e entregou um canal de televisão ao número um do seu partido e seu antecessor no cargo e outro à Igreja. Com o controlo que exercia na RTP1, onde estava precisamente José Eduardo Moniz, Cavaco passou a contar com a militância noticiosa de todos os canais de televisão, isso sim, era a preocupação de Cavaco Silva com as regras da democracia.

Também não me recordo de ter ouvido Cavaco imiscuir-se em negócios privados, nem mesmo quando o BPA foi privatizado de forma muito estranha, para não referir milhentos negócios duvidosos a começar pelo BPN dos seus velhos amigos.

Também não ouvi Cavaco manifestar qualquer preocupação com o jornalismo praticado pela TVI apesar da condenação generalizada e das violações primárias aos mais elementares valores e princípios do jornalismo.

Mas bastou Manuela Ferreira Leite espirrar num dia para que no dia seguinte Cavaco Silva aparecesse cheio de tosse, nem se deu ao trabalho de dissimular a fonte do contágio. Se alguém tinha dúvidas de que Cavaco Silva abandonou a camisola de Presidente para vestir a de um qualquer J do PSD pode deixar de as ter. Há muito que Belém era uma fonte de crise política, agora evoluiu de forma clara para o envolvimento no processo político.

Mas pode ser que Cavaco Silva tenha azar e os portugueses não lhe satisfaçam o desejo de acumular o cargo de Presidente com o de primeiro-ministro, algo que sempre ambicionou. E se isso suceder Cavaco corre um sério risco de voltar a Boliqueime mais depressa do que espera.

Resta-me fazer uma sugestão a Cavaco Silva: que vá perguntar ao Moniz se este não estará interessado em ser despedido e receber três milhões de euros. Eu diria mesmo que o director da TVI tem feito tudo para isso. Aliás, é ridículo vir com estas intervenções quando há apenas uma semana Moniz pôs a hipótese de deixar a TVI e ir para o Benfica. Terá sido Sócrates a pressionar a candidatura?

É muito grave que um Presidente da República use uma empresa privada para lançar suspeitas em público sobre o primeiro-ministro. É o bater no fundo de Cavaco Silva enquanto Presidente da República.”

n’ o JUMENTO.

Farrah Fawcett

Paz à sua alma também!

MJ, um ícone da minha geração!

Nunca fui muito à bola com o MJ. aquela coisa da meia branca não era para mim. Mas hoje, com a noticia da sua morte, tenho uma certeza, morre um herói.

Um herói da vontade do homem, do individuo, que deve prevalecer sobre todas as outras. Para a história ficará aquele que, para além de pôr o mundo a dançar as suas musicas, quis ser branco. E foi!

Para a história ficará uma lenda, feita de desvarios e imoralidades, mas uma lenda de vontade. Mais vale um preto querer ser branco ou um branco querer ser preto do que todos os outros do mundo que não querem coisa nenhuma. Paz à sua alma.

quinta-feira, junho 25, 2009

Atoardas

 

Endividamento do Estado ou das famílias?

Não há como atirar palavras dramáticas para o ar para obter audiência.

É velhinha mas começa a perceber do assunto!

O que está a dar é ficar a dever

É confrangedor o silencio do sector liberal em relação à entrevista que MFL deu à sempre lustrosa Ana Lourenço.

Como também o é a falta de resposta pronto de quem de direito, isto é, o novo porta-voz do PS. tinha aqui uma boa oportunidade para mostrar serviço.

então não é que a alegada futura candidata a, já nem sei bem a quê, mas deve ser ao governo de Portugal, veio a publico defender uma outra orientação no apoio às empresas, que é, nem mais nem menos o pagamento das dividas.

Espectacular! Fantabulástico!

Já antes promoveu o celebre perdão fiscal, aquela “coisa” que beneficiou à descarada os prevaricadores. Agora, idem idem aspas, aspas. Toca a ajudar outra vez os prevaricadores. Não admira que ninguém diga nada.

É que com toda a habitual desfaçatez, ainda assim ninguém tem lata para defender disparates deste nível.

domingo, junho 21, 2009

Grandes Obras

Não será novidade para os mais atentos a minha particular preferência pelo TGV.

Nunca entendi muito bem para que é que é preciso um novo aeroporto na área de Lisboa, com obras recentes na Portela e com a aviação em sustentado declínio, por via do impossibilidade de substituição dos combustíveis fosseis e da regular e constante diminuição do petróleo à superfície da terra.

Evidentemente que a aviação não continuará a crescer aos níveis que cresceu até aqui. Por isso, substituir a Portela para quê?

sim, há compromissos com a alta de Lisboa, com os terrenos da OTA e agora com os de Alcochete mas, bullshit, aquilo não é preciso para nada. O actual aeroporto chega e sobra para mais vinte anos de aviação comercial.

Já o TGV é musica de outra partitura. aliás, hoje já se vê. Foi só o Governo mostrar alguma hesitação e rapidamente várias vozes se levantaram, desde espanhóis, a portugueses, a europeus em geral.

É esta a diferença entre aquilo que é importante e o que não serve para nada; o povo não deixa.

Por mais que a morena que agora lidera o PSD resmungue, e tente tirar partido eleitoral do TGV, o povo não vai deixar. E ainda vai ser ela a reclamar o TGV. É que contra o obvio não há citação. O TGV é mesmo para fazer e o governo tem razão. Ponto final.

Sick and Tired

A ai está a brigada do reumático (28 contra as grandes obras, incluindo TGV) a dizer mais umas larachas como se não tivesse nada a ver com nada.

Esta malta de abril, calças largas à boca de sino, pensa que o mundo ainda está em sintonia para os amanhãs que cantam. Fod… tudo, viraram tudo do avesso, venderam a mãe à economia planificada, venderam o pai à economia liberalizada, vendem-se por dois reis de mel coado à governancia em actividade e ainda se dão ao luxo de formar conselhos de opinião para nos dizer o que fazer. Que é o mesmo que dizer, como nos lixarem mais uma vez e conservarem os seus postos de sobranceria intactos, sejam ou não remunerados no presente momento.

Irra que é de mais! Que tal a reforma postcipada? não era já tempo de irem todos passear os netos?

terça-feira, junho 16, 2009

Caminhar sobre vidros partidos

 

Assim vai o PSD! Todos excessivamente atentos a todos, como demonstram as reacções às declarações de Rangel sobre possíveis coligações com o CDS.

A Rangel não lhe bastou ser o grão de areia na engrenagem dos vices e ainda quer palpitar. Pois, percebe-se que queira, mas talvez já seja demais. E logo com indicações de estratégia, que por tradição estão reservadas aos grandes… estrategas. Não, não pode ser. Para os vices isso não pode ser. Mas também não podia ser vencer as eleições e afinal foi o que se viu.

Para nós, que nada temos a ver com isso para além da mera opinião, há todavia um curso natural das coisas que nada tem que ver com prestações de ultima hora deste ou daquele. Uma espécie de determinismo politico.

Para nós, Paulo Rangel só fez disparates nesta campanha, comprometendo inclusive a sua imagem de politico credível, ao propor medidas ridículas e danosas como o ERASMUS EMPREGO ou demagógicas como PAGAR A CRISE COM OS FUNDOS ESTRUTURAIS (em ambos os casos já explicamos aqui porquê); e no entanto ganhou as eleições. Independentemente da também fraca prestação dos candidatos a deputados europeus que o PS apresentou, a questão que se põe é se o PSD não teria ganho igualmente as eleições sem Paulo Rangel. Estamos em crer que sim.

Mas nestas coisas há um elã que se cria, e depois da vitória, passou a contar mais uma opinião de Paulo Rangel, por disparatada que seja (e esta é, já que o PSD não tem nenhuma vantagem em falar já de coligações), do que a sensatez morna das lideranças de gabinete.

Também por isso o PS vai ganhar as próximas legislativas. Porque se é verdade que o poder corrói, no caso do PSD até a própria miragem do poder já corrói.

sexta-feira, junho 12, 2009

Distrital do Porto reúne Comissão Política para analisar resultados eleitorais

(LUSA) 08 de Junho de 2009

O líder da Federação do Porto do PS, Renato Sampaio, convocou para 15 de Junho uma Comissão Política Distrital para analisar os resultados das europeias de domingo, em que sofreu a primeira derrota em 18 anos numas eleições nacionais.
"É normal e uma questão de ética convocar a Comissão após umas eleições", disse à agência Lusa Renato Sampaio, que admitiu que o tema seja discutido já hoje na reunião que a Federação tem agendado com as concelhias para preparar a convenção autárquica de 20 de Junho.
"Esta reunião já estava marcada mas não quis que ela se intrometesse com as eleições, pelo que não a divulgámos antes. Mas ela estava marcada e visa preparar a convenção autárquica", afirmou, admitindo, porém, que "claro que o resultado eleitoral deverá ser abordado".

 

Primeiro encontro após a derrota nas eleições de domingo

Comissão política do PS vai analisar resultados eleitorais na segunda-feira 

11.06.2009 - 19h39 Lusa

O secretário-geral do PS, José Sócrates, convocou para segunda-feira uma reunião da comissão política do seu partido, tendo como único ponte da ordem de trabalhos a análise da situação política.

terça-feira, junho 09, 2009

Conforme dissemos…

Aqui, aqui, aqui, e aqui!

a ler no Quanta dimensão

Isto tem dois nomes: Oportunismo e Palhaçada!

O líder parlamentar social-democrata, Paulo Rangel, afirmou hoje que o PSD está disponível para alterar os aspectos da lei do financiamento dos partidos contestados pelo Presidente da República até porque esteve contra eles.
"O PSD nunca pretendeu que estas alterações que motivaram o veto do senhor Presidente da República fossem avante", declarou Paulo Rangel aos jornalistas, no Parlamento.
Segundo Paulo Rangel, o PSD "aceitou apenas isso em última instância, para garantir um consenso unânime, que achou que era uma coisa positiva, mas nunca foi a favor, pelo contrário, até foi contra isso".
O líder parlamentar social-democrata referiu que PSD discordava de "duas matérias" do projecto de lei do financiamento dos partidos aprovado por unanimidade no Parlamento, mas não quis esclarecer quais os artigos a que se referia.
De acordo com o líder parlamentar social-democrata, o Presidente da República pôs em causa no seu veto "aspectos que, essencialmente, houve um partido que fez questão de os colocar, que foi o PCP" e que o PSD aceitou no pressuposto de que não permitiam "uma utilização perversa".
"Uma vez que o senhor Presidente da República entende que é susceptível de gerar essa utilização disfuncional nós estamos perfeitamente disponíveis para
"As objecções que ele levanta correspondem a pontos de vista que o PSD defendeu nas negociações que teve com os partidos, o que não significa que no balanço global não estivesse de acordo com a lei e com a vontade de que ela fosse unânime", reiterou o líder parlamentar do PSD.
"Numa matéria tão estruturante como esta, a unanimidade é importante", considerou.
Paulo Rangel adiantou "o PSD vai reunir a sua Comissão Política hoje à tarde e esta será uma das matérias em exame"

Entrelinhas

 

“Um semanário veio noticiar que eu não teria tido nenhum voto na eleição do novo conselho científico da minha Faculdade.
Mas o contrário é que seria de admirar. Primeiro, eu não fui candidato a tal órgão (nem a nehum outro), pois não me candidatei nem dei o meu assentimento a nenhuma candidatura, sendo evidente que ninguém pode ser candidato contra sua vontade. Segundo, eu era naturalmente inelegível, dada a óbvia incompatibilidade prática do cargo com a minha condição de candidato ao Parlamento Eurpeu e de próximo eurodeputado eleito. Por isso, se tivesse participado em tal eleição -- da qual nem sequer soube --, eu teria sido o primeiro a excluir-me, em favor de quem possa exercer efectivamente o cargo.”

Vital Moreira; Causa Nossa

O falhanço das sondagens

 

Já tudo começa a perceber, e a escrever, que as sondagens não falharam tanto assim. De facto, em relação aos 5 maiores partidos, em geral os institutos estiveram próximos dos resultados do PSD, do Bloco, e do PCP. Falharam redondamente em relação ao CDS que é o que já costuma acontecer e falharam clamorosamente em relação ao PS que é a verdadeira novidade.

Curioso como em relação ao PSD a média das sondagens corresponde mesmo mesmo à votação obtida. Sondagens pré-eleitorais, claro.

A estranha disparidade das previsões de voto no CDS é algo que nos escusamos de comentar. Já ouvimos e lemos todo o tipo de justificação, desde o eleitorado idoso ao eleitorado tímido, desde as casas sem telefone fixo à enorme dificuldade de contactar “os ricos”. Nada disso parece ser justificação suficiente.

Quanto ao PS, e neste cenário, há que tirar as devidas ilações. O resultado foi uma clara manifestação de descontentamento por parte do eleitorado. Certamente houve muitos inquiridos das sondagens (pré-eleitorais) cuja intenção de voto seria no PS, partido em que se revêem e no qual costumam votar. Certamente também, esses milhares de eleitores entenderam deixar um sério aviso ao governo.

segunda-feira, junho 08, 2009

finalmente…

…tempo e um computador para escrever!

RESCALDO DAS EUROPEIAS

Em primeiro lugar, os parabéns aos vencedores:

- Manuela Ferreira Leite

Consegui o inimaginável. Sozinha contra quase todos (principalmente os do seuManuela_Ferreira_Leite próprio partido, incluindo aqueles que a puseram lá) tirou o PSD do seu papel residual no cenário politico português e elevou-o a alternativa de poder. Não restam duvidas, há que reconhece. Para além disso a “Politica de Verdade”, enquanto estratégia, foi mais inteligente do que inicialmente parecia, já que resistiu à mentira.

A ideia de ser governado por esta senhora é qualquer coisa de arrepiante, mas há também algo de interessante na forma como sai por cima. É que apesar de sermos adversários, nunca gostamos das alusões infelizes à beleza e idade da senhora e gostamos ainda menos de ver estrangeiros a gozar com os nossos representantes políticos. Soube colocar o seu discurso no estreito intervalo que restava (já que programa não tem) e o eleitorado foi sensível. Tem mérito.

- Paulo Rangel

Quanto a nós, um triste vencedor! Perdeu quanto tinha de credível, para um discurso demagógico e mentiroso, para o qual resvalou com demasiada facilidade. É certo quSozinho 3e não é fácil fazer uma campanha sozinho, praticamente abandonado pelas estruturas do partido, mas ainda assim, há limites abaixo dos quais não devia ter  descido. Uma grande desilusão. Valeu o discurso de vitória onde mais uma vez revelou a inteligência que lhe conhecemos. Pena que tenha mostrado ao longo da campanha uma tão grande tendência para o oportunismo. Será que aprendeu com Durão Barroso? Quer bem parecer que sim.

 

- Bloco de Esquerda

Não merece parabéns. A falsidade nunca merece parabéns. Talvez a excepção seja mesmo a Ana Drago que emprestou alguma dose de genuinidade e inteligência, conseguindo capitalizar muitos votos.

 

- CDU

A CDU está de parabéns. Assistimos na rua ao enorme esforço de mobilização e isso, numa sociedade algo apática é sempre de assinalar.

 

- CDS

Conseguiu resistir, mas mais do que isso conseguiu provar que tinha razão quanto às sondagens em Portugal. De facto algo de muito estranho se passa com as empresas de sondagens.

 

 

 

a seguir, os perdedores:

- Sondagens

Deveria ficar para a história este momento eleitoral em que todas as sondagens falharam. como se presume que tão grandes e bem distribuídas amostras de eleitores não estarão a mentir quando inquiridos, então só pode haver algo de muito errado.

- PS

Foi uma derrota significativa, sim senhor. O PS terá que a assumir e reflectir sobre o que correu mal. Pela nossa parte não deixaremos de o fazer também aqui neste Blogue.

 

Considerações

- Avanço da direita

Muito preocupante. De facto, em plena crise do neoliberalismo a direita liberal ganhou um pouco por toda a Europa. Este fenómeno sociológico tem que ser estudado. Todos os governos socialistas foram penalizados enquanto que os governos de direita foram menos.

- Recuo do Bloco Central

Interessante resposta do eleitorado perante a eventualidade do Bloco Central. O eleitorado não aparenta rever-se no Bloco Central. Isto significa novas dificuldades para o Partido Socialista, mas também para o PSD. No futuro breve teremos que contar com mais opções governativas do que aquelas que se tem verificado até aqui.

- Protesto

Existem fortes razões para o Partido Socialista entender e interpretar estes resultados como voto de protesto face à sua governação. Isso é verificável mesmo na comparação dos resultados com as previsões das sondagens. é que em abono da verdade as sondagens não falharam assim tanto nos resultados do PSD. Falharam foi nos resultados do PS. O que pode querer dizer que o eleitorado PS continua PS, simplesmente não foi votar por descontentamento. Ao contrario dos restantes eleitores que não só responderam aos inquéritos como foram votar. Subsiste a duvida em relação ao CDS.

Conclusões

O ponto a reter parece ser a governação do PS e a forma como se apresenta ao eleitorado. Quase todo o resto era expectável.

sexta-feira, junho 05, 2009

Olha a sondagem! Olha a sondagem fresquinha!

 
CESOP, 30 Maio-2 Junho, N=3375, urna.

PS: 34%
PSD: 32%
CDU: 11%
BE: 9%
CDS-PP: 4%
MEP: 2%
PCTP-MRPP: 1%
Outros: 3%

Eurosondagem, 1-2 Junho, N= 2033, urna.

PS: 36,0%
PSD: 31,9%
BE: 10,1%
CDU: 9,0%
CDS-PP: 6,1%
OBN: 6,9%

Aximage, 1-4 Junho, N=1274, Tel.

PS: 36,2%
PSD: 30,9%
BE: 10,2%
CDU: 10,1%
CDS-PP: 5,0%

Fonte: Margens de Erro

quarta-feira, junho 03, 2009

Parabéns muito especiais à Raquel!


Para aqueles que ainda se recordam, a Raquel Seruca já foi, juntamente connosco, autora deste Blogue.

No dia 10 de Junho vai ser condecorada pelo Presidente Cavaco Silva com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

Com todo o carinho e uma enorme admiração; Parabéns Raquel!


vejam também a mais recente  entrevista da Raquel aqui

5.000.000 de Blasfémias

 

Parabéns ao Blasfémias!

Nova imagem

 

É com todo o gosto que daqui enviamos os parabéns a esse grande Blogue, baluarte do liberalismo e palco de tão interessantes discussões sobre a vida politica deste nosso Portugal.

Poucas vezes estamos de acordo mas temos que reconhecer que tem feito um trabalho notável que nos orgulhamos de acompanhar desde a primeira hora.

Noticias da campanha

 

Ana Gomes chama “maratonista da demagogia” a Paulo Rangel

02.06.2009 - 23h49 Leonete Botelho

Um “maratonista da demagogia, um campeão do flic-flac político”. Coube a Ana Gomes a dura resposta do PS às declarações e desmentidos do candidato social-democrata Paulo Rangel sobre o imposto europeu. No comício desta noite em Setúbal, Vital Moreira preferiu acentuar que o PSD “declarou guerra ao Estado social”.
“Nós, europeus e socialistas tivemos a coragem de trazer o imposto europeu a esta campanha”, começou por afirmar a eurodeputada Ana Gomes, lembrando o “aproveitamento mentiroso” do tema feito pela direita. “Mas esta manhã vimos no Jornal de Negócios Paulo Rangel a dizer que não estava fechado à hipótese”, frisou.
Mas depois veio o desmentido do próprio: “A longo prazo, disse, citando o americano John Keynes que por acaso até é inglês”, acrescentou Ana Gomes, arrancando uma gargalhada à assistência que enchia o cineteatro Charlot.
Vital Moreira, em tom mais sério, pegou na deixa para lançar a dúvida sobre o que quer o PSD para o país e para a Europa. “Não sabemos já se o PSD continua a ser uma tábua de sustentar prego na construção europeia”.

Eu nem costumo concordar com ela, mas desta vez esteve bem.

terça-feira, junho 02, 2009

Tendências *

 

Tal como havíamos referido anteriormente, o comentário dos comentadores residentes nos principais órgãos de comunicação social e mesmo na blogosfera, sobre a tendência de subida do PSD nas sondagens, e consequente descida do PS estava errado.

Hoje, o Margens de Erro publica uma interessante leitura das sondagens já existentes e estabelece comparações entre sondagens do mesmo instituto referentes a cada partido. Se bem que Pedro Magalhães seja de alguma forma cauteloso, o que se compreende já que o seu muito crédito profissional assim o exige, podemos extrapolar a nossa própria leitura dos números apresentados e já por todos conhecidos. E a “nossa leitura” é que ambos os partidos apresentam subidas e descidas, sendo que quando o PS desce, o PSD desce ainda mais, e quando o PS sobe, o PSD sobe muito menos.

Acresce que o PSD desce nas sondagens de todos os institutos excepto no caso da Eurosondagem em que apresenta uma ligeiríssima subida de 0,4%. Isto quanto a nós significa uma coisa muito simples, que o desempenho da campanha foi inferior às expectativas iniciais. Significa ainda, como havíamos dito, que Paulo Rangel fez mal em abandonar o seu estilo natural e passar ao estilo truculento e populista que se viu. Eventualmente seria algo que necessitava de experimentar, mas que não correu bem.

Já relativamente ao PS, e dado que aparentemente manteve ou subiu ao longo da campanha pode-se atribuir isso às participações de José Sócrates, que realmente faz a diferença, porque com tantos casos a tendência seria baixar em relação às expectativas.

Interessante também é verificar como Marcelo Rebelo de Sousa andou completamente aos papeis nos seus comentários à evolução da campanha, sem perceber minimamente o que se estava a passar e sem conseguir mesmo “puxar a brasa à sua sardinha”

Quanto a nós, e independentemente dos resultados que se verificarem, há ainda duas importantes leitura a fazer: por um lado os resultados dos pequenos partidos, ditarão já muito da forma como o eleitorado se sente em relação à classe politica, por outro lado a distribuição regional e distrital dos votos dará fortes indicações dos resultados que se podem esperar das autárquicas. Aguardemos então para ver.

* com base no artigo do mesmo nome AQUI

Um pouco de todo o lado…

 

…vão chegando noticias de que a industria automóvel se mexe para além das anunciadas falências e planos de recuperação. De facto, lentamente, vão ocorrendo movimentações no sentido de produzir veículos novempowured_vehicleoneos não dependentes do petróleo. Ou pelo menos não tão dependentes.

Esta corrida, Portugal podia ganhar. Não fosse a completa apatia dos nossos empresários e a cultura dominante (com o neoliberalismo ainda muito enraizado) que impede o Estado de tomar iniciativas empresariais, e Portugal tinha condições de se estar a bater de igual para igual pelo menos com Franceses e Espanhóis.

Existe capacidade instalada, existe tecnologia de ponta, existe conhecimento, existe sol em abundância, só não parece existir vontade empresarial para investir.

Talvez esteja na hora do governo Sócrates dar um empurgem-la-posterão, dentro daquilo que temos vindo a defender; parcerias concretas entre Estado e privados. Se não for assim, quando repararmos voltamos a ficar para trás numa área de negócio na qual podíamos ser pioneiros.

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Isto de sondagens anda meio confuso!

 

Com variações percentuais de nove pontos entre sondagens para o mesmo partido.

Mas o mais significativo à a variação atribuída aos OBN que incluem os pequenos partidos. de zero a quase 20% é um intervalo muito grande e pode mesmo dar-se o caso de termos um deputado eleito fora do circulo habitual. A mim parece-me que nenhum em particular se conseguiu destacar e mostrar ao eleitorado que a sua presença no PE seria fundamental, no entanto, pode ser…

O que parece mais constante é que o eleitorado coloca sucessivamente o PS à frente do PSD por uns 3 a 4 pontos percentuais. Isso é significativo. Tanto mais que esta campanha não correu de forma favorável ao PS, sendo permanentemente caracterizada por casos e bocas que são em geral mais propicias a bons desempenhos por parte de quem está na oposição. Ainda não acabou e provavelmente ainda assistiremos a mais um facto politico de sarjeta, daqueles lançados assim para os media como quem não quer a coisa. Mas não deverá fazer variar muito os resultados.

Outro facto relevante foi a afirmação de Paulo Rangel no PSD. A tarefa não era fácil, porque a direita está de facto pelas ruas da amargura; sem propostas, sem programa e sem gente. Paulo Rangel abusou do populismo e da mentira, mas lá foi conseguindo afirmar-se. Mostrou aos respectivos que há que contar com ele para o futuro.

Resta-nos aguardar pelos encerramentos para ver se alguém consegue provocar no eleitorado aquela motivação final necessária para que as pessoas vão votar.

Parece-me que só mesmo José Sócrates está capaz disso!

 

via: Margens de Erro

sexta-feira, maio 29, 2009

Vai haver borrasca!

Europeias. Eurosondagem, 25-27 Maio, N= 2525, Tel.

PS: 35,5%
PSD: 32,5%
CDU: 9,2%
BE: 8,8%
CDS-PP: 6,5%

Via: Margens de Erro

Já cheira a borrasca para os lados da direita, principalmente PSD.

A acreditar nas sondagens o PS continua à frente e a distanciar-se do principal opositor. Se for assim, Manuela Ferreira Leite vai ter dificuldade em justificar como é que perde uma eleição para o partido do governo que, segundo ela, tão mal tem governado. Vai ter dificuldade em pedir ao seu partido força e apoio para as legislativas de Outubro. E sabendo-se como é aquele partido, sem ideologia e sem ideias, o assalto ao poder vai ser feroz. Já começou com Menezes a posicionar-se. Rio também já deu sinais. Se isto continua assim, a noite das eleições vai ser de facas longas. Aqui, neste aspecto, temos que tirar o chapéu a Paulo Rangel. Antevendo a situação achou melhor exercer a sua actividade em Bruxelas.

Outro aspecto interessante é a descida abrupta do Bloco de Esquerda, que passa de terceiro para quarto e com jeito ainda não fica por aqui. é que desta vez há uns pequenos partidos mesmo mesmo ali à espreita.

Não queria ir por aqui

 

Sozinho 3

…mas não há ninguém que diga a este aventureiro que um ERASMUS EMPREGO ao lado de um dos países com maior taxa de desemprego (Espanha) é um verdadeiro tiro no pé.

O argumentário  proteccionista não é aquele com que mais me identifico, nem de longe nem de perto, mas vejamos:

- Propôr a criação de um ERASMUS EMPREGO significa, nas palavras de Paulo Rangel, partilhar vagas de emprego, em bolsa, para os países da União Europeia, tal como se partilham vagas no ensino superior;

- Segundo ouvi ontem, com afectação de recursos, isto é, para além da bolsa propriamente dita e do salário a auferir pelos candidatos, haveria ainda afectação de recursos da união que, a não ser para gastos residuais com organização, só pode ser para criar um nivelamento laboral e salarial. Além de justo, faz todo o sentido.

- Agora repare-se: cada pais dispõe de alguns lugares e muitos candidatos, evidentemente, senão não havia desemprego. Portugal também. Só que Portugal tem uma taxa de desemprego relativamente baixa, quando comparada com outros, nomeadamente com a vizinha Espanha.

- Portanto, probabilisticamente, haveria haveria um muitíssimo maior percentagem de candidatos espanhóis e de outros países do que portugueses. Não só porque eles são muito mais mas também porque a taxa de desemprego é muito maior.

- Não havendo discriminação, porque não poderia haver, a probabilidade de um português apanhar um emprego da bolsa seria ínfima, já a probabilidade de os empregos portugueses serem ocupados por estrangeiros seria altíssima.

- Logo, esta medida proposta por Paulo Rangel é completamente idiota e muitíssimo lesiva para os interesses nacionais. Um verdadeiro tiro no pé que se pode mesmo considerar anti-patriota.

- Não gostamos de discriminações, mas quer dizer, isto seria mesmo chamar estúpidos aos portugueses. E anda um aventureiro destes na rua, a dizer disparates, e ainda por cima tem audiência.

quarta-feira, maio 27, 2009

iyoôooo!

 

 

Aproveitar grafiters para reabilitar zonas velhas

Ideia do PS agradou. Câmara já limpou seis mil metros quadrados

Aproveitar os grafiters que ilegalmente espalham desenhos pela cidade, desordenadamente e sem critério, e pô-los a reabilitar muros degradados é uma solução que a Câmara do Porto poderá vir a pôr em prática.

A proposta partiu da vereação socialista, mas agradou a Rui Rio. "Há muita sujidade no Porto, há ruas completamente grafitadas. Proponho que a Câmara reúna os grafiters para reabilitar estas zonas degradadas, os edifícios sujos e feios", propôs a vereadora substituta do PS, Carla Miranda, ontem de manhã, na reunião pública do Executivo.

"É possível trabalhar com esta gente", acrescentou a socialista, considerando que o trabalho pode ser feito em colaboração com as juntas de freguesia. Carla Miranda lembrou, no entanto, que é preciso fazer a distinção entre os grafiters e os que se limitam a assinar nas paredes (tags), como forma de marcar território.

Rui Rio achou "interessante" a proposta, nomeadamente no que toca à articulação com as juntas de freguesia. "Embora a Câmara esteja a fazer um esforço para limpar as paredes da cidade, admito que a entrada de novos grafitos seja superior. Pegar nas paredes velhas e dar-lhes uma nova vida parece-me uma boa ideia", reiterou o presidente da Câmara do Porto.

De acordo com a informação, publicada no último número da revista oficial da Câmara do Porto, a Direcção Municipal de Ambiente e Serviços Urbanos tem vindo a fazer um esforço em termos de limpeza urbana, dando "prioridade à intervenção na remoção de grafitos que proliferam no espaço público". "Até agora foram limpos mais de seis mil metros quadrados", pode ler-se no artigo.

JN. Inês Schreck. 27.05.2009

Quem assina por baixo?

Angel Gurría

Há dias, o i publicou uma entrevista com Angel Gurría, Secretário-Geral da OCDE, à qual a blogosfera não parece ter prestado grande atenção. Coisa estranha, visto que o entrevistado fala essencialmente sobre Portugal, a crise, e as medidas necessárias para a enfrentar. Noutros tempos, dir-se-ia que o conteúdo não era do agrado da direita liberal que tinha a predominância nos blogues tugas. Hoje, as coisas já não são bem assim, mas é de qualquer forma admirável como tudo que possa ser minimamente agradável para com este governo é ignorado pela comunidade blogueira. Para introduzir um pequeno grão de areia na engrenagem, decidimos reproduzir aqui alguns excertos. Os sublinhados são nossos.

 

“As grandes obras planeadas pelo governo português não agravam o desequilíbrio crónico da economia e o endividamento do estado?

…é preciso fazer um esforço orçamental excepcional para enfrentar uma situação excepcional.

Portanto, na sua opinião, é economicamente mais eficaz construir estradas, TGV e Aeroportos?

Segundo os cálculos da OCDE, as despesas em infra-estruturas são a melhor maneira de combater as crises. Conciliam impactos imediatos na procura e no emprego, e com efeitos mais duradouros.

É melhor investir em estradas do que em equipamentos sociais e qualificações?

Temos de investir em tudo. Há diferentes tipos de infra-estruturas, mas uma coisa é certa: os grandes planos para edificar aeroportos, rodovias, TGV, vão garantir um maior potencial da economia no futuro. São projectos com efeito de curto prazo – a construção – mas são também estruturantes, pois mudam a face do pais, aumentam a competitividade. Claro que tem de existir condições de mercado, que os consórcios públicos e privados estejam formados. Importante é que os projectos arranquem no sitio e no tempo certo, que haja um impulso financeiro importante quando a economia mais precisa.

Como?

Com mais despesa publica e, nos países que puderem faze-lo, com redução de impostos. Mas está provado que o alivio fiscal funciona melhor quando é feito nos escalões de rendimento mais baixos. Se reduzirmos impostos às pessoas da classe média e média/alta, isso tenderá a produzir mais poupança, sobretudo nos momentos de crise e incerteza. Mas o que vai para a poupança não vai para consumo e isso agrava a recessão.”

 

Dias Loureiro demite-se do Conselho de Estado!

Dias Loureiro

Afinal não estava nos cartazes!

 

Paulo Rangel (PSD) defende sistema misto para a saúde e educação

 

Conforme havíamos publicado anteriormente, cá está a agenda privatizadora de Rangel à espreita de novas oportunidades.

Mais uma!

 
Europeias. Aximage, 18-22 Maio, N=1200, Tel.

PS: 38,0%
PSD: 31,1%
BE: 8,5%
CDU: 7,9%
CDS-PP: 6,3%

Via: Margens de Erro

terça-feira, maio 26, 2009

Ah! Ah! Ah!

 

“As nossas propostas estão nos cartazes!” Paulo Rangel

Esta é mesmo para rir. Senão vejamos:

1. “Combater a crise com os fundos europeus” Paulo Rangel

2. “Erasmus emprego” Paulo Rangel

3. “Reduzir a taxa social única” Paulo Rangel

Não consegui encontrar mais nada. Se isto dá forma a um Programa Eleitoral, estamos conversados. Ou é para rir ou Paulo Rangel não tem mesmo nada de nada para dizer.

Podemos tentar ainda juntar os slogans não operativos, assim tipo mote. Temos estes:

- “Pelo interesse nacional eu assino por baixo” Paulo Rangel

- “As famílias portuguesas acima das famílias politicas” P. Rangel

e então, para além da banalidade, começamos já a descortinar o verdadeiro programa, que não está nos cartazes nem pode ser dito.

Para isso temos que recorrer a outros protagonistas e lembrar propostas de Ferreira Leite e António Borges, ditas recentemente:

- “Melhorias na linha férrea Porto – Lisboa” M. Ferreira Leite

- “privatizar a Caixa Geral de Depósitos” António Borges

Pronto, cá está a “Politica de Verdade”.

Efectivamente, como programa é para rir, mas só para não chorar, que era o que aconteceria se o bom povo português entregasse algum poder nas mãos desta gente. Senão, porque é que no PSD anda tudo escondido? Só pode ser por vergonha.

Pronto, continua…

 

Está imparável este Paulo Rangel. Agora são as contas das campanhas. Anda a contar cartazes. Eu tambéCombater a crise com os fundos europeus m ando, porque enfim, sempre se vai ocupando o tempo em que somos obrigados a ficar parados em filas e assim. Mas caramba, um candidato cabeça de lista às eleições europeias não terá mais com que se preocupar? Quem sabe com um projecto politico coerente, sei lá. Agora contar cartazes dos adversários quando toda a gente sabe bem que o PSD é o partido com maior orçamento de campanha!?! É que ainda por cima, as ruas estão COMPLETAMENTE INUNDADAS DE CARTAZES PSD, e não são sempre os mesmos, estão sempre a mudar. Ali gasta-se à grande, como se não houvesse amanhã.

De certa forma compreende-se (desde que não seja ilegal), porque Paulo Rangel não é propriamente uma figura de destaque, com o mediatismo que o PSD gostaria, não se sabe bem de onde vem (consta que do CDS), nem com o que contar, por isso a decisão de investir e insistir na imagem. Mas uma coisa é gastar (apesar do momento e do insulto que isso significa para um povo já muito depauperado) como estratégia de campanha, asAs famílias portuguesas acima das famílias políticassumindo o respectivo ónus politico, outra é vir acusar os adversários de uma pratica condenável que ele próprio pratica.

Pelo interesse nacional eu assino por baixo.Repare-se como quase de repente a “politica de verdade” desapareceu de cena. Alias, há muita coisa a desaparecer de cena para aqueles lados. O Borges, sim, o que em Novembro queria privatizar a Caixa Geral de Depósitos, ninguém o vê. Os opositores estão todos caladitos como uns ratos à espera do dia seguinte, e mesmo os Vice-presidentes já ninguém os ouve. Se cheirasse a vitória, com certeza que as coisas eram bem diferentes.